X i a o m i R e d m i 3 s

Começando pela embalagem do Redmi 3S, temos o mesmo padrão já visto em tantos outros modelos da Xiaomi até aqui, sendo ela predominantemente na cor branca, com a imagem do aparelho na parte frontal e algumas informações sobre ele na parte traseira.

Ao abrir a caixa vemos o dispositivo logo de cara, ficando abaixo dele o envelope onde estão armazenados os guias e manuais para marinheiros de primeira viagem, além da ferramenta para abri a gaveta onde você poderá colocar dois chips nanoSIM ou um chip nanoSIM e um cartão microSD de até 128 GB.

Logo abaixo, devidamente separados por divisórias, temos o carregador de tomada com porta USB e saída de 2A (que conta com pinos no padrão estadunidense), bem como o cabo USB-microUSB para transferência de dados e para carregar o aparelho. Mais uma vez, nada de fones de ouvido por aqui.

Passando para o design, o que podemos reparar logo de cara é que o Redmi 3S é extremamente similar ao Vibe K6, sendo quase idênticos em sua parte frontal. Ele também é construído em uma mistura de plástico e metal, porém a parte traseira é diferente do que temos no modelo da Lenovo, com a câmera posicionada no canto superior esquerdo junto com seu LED para flash. Um pouco mais abaixo dela temos o leitor de digitais, que em nossos testes funcionou na maioria das vezes sem problemas e de forma rápida, bem como a saída do alto-falante que não surpreende mas também não compromete.

Na lateral esquerda do aparelho fica sua gaveta híbrida já mencionada anteriormente, com os botões de volume e energia do lado direito. Na parte de baixo, temos a porta microUSB e o microfone principal para chamadas, enquanto na parte superior ficam a porta P2 para fones de ouvido, o infravermelho para usar o Redmi 3S como controle universal de aparelhos como TV, ar condicionado, e som, por exemplo, e o microfone secundário para cancelamento de ruído.

Em dimensões, temos um aparelho bastante compacto, com 139,3 mm de altura por 69,6 mm de largura, e 8,5 mm de espessura. Ele é até pesadinho para seu tamanho, tendo 144 gramas, mas assim como sua espessura isto é justificado pela boa bateria de 4.100 mAh. No geral, o Redmi 3S é confortável de seu usado, podendo ser manuseado com apenas uma mão sem qualquer problema. Vale notar, entretanto, que seus botões capacitivos não são retroiluminados e seu painel frontal não aparenta possuir qualquer tipo de proteção contra riscos, sendo primordial usar uma película se quiser manter a tela intacta por muito tempo

Aproveitando que estamos falando da tela, temos aqui um painel IPS LCD de 5 polegadas com resolução HD (720 x 1280 pixels), o que confere ao Redmi 3S a densidade aproximada de 294 ppi. Como dito, o vidro que protege o display não possui proteção contra riscos, então é bom tomar cuidado para não arranhá-lo, pois isso prejudicará diretamente a exibição de conteúdo. Além disso, o vidro reflete um pouco em ambientes externos.

Em nossos testes o aparelho da Xiaomi se mostrou uma ótima opção em termos de exibição de conteúdo, podendo ser usado de forma confortável tanto em locais externos quanto internos, seja com iluminação excessiva ou ausente. Caso o padrão de cores não lhe agrade, é possível ainda configurar para algo mais vívido ou natural, garantindo que tudo seja exibido exatamente de acordo com seu gosto.

Para quem quer algo mais técnico, tivemos brilho máximo de 506 lux com uma imagem branca sendo exibida, sendo seu brilho mínimo com a mesma imagem de apenas 1 lux. Com uma imagem preta tivemos brilho máximo de 7 lux e mínimo de 0.

Falando então sobre o desempenho, o Redmi 3S conta com chipset Snapdragon 430 com oito núcleos a até 1,4 GHz, GPU Adreno 505, 3 GB de RAM e 32 GB de armazenamento interno, sendo este um conjunto virtualmente idêntico ao que temos no Vibe K6 Plus da Lenovo, não fosse pela tela HD ao invés de Full HD.

Pelo que foi possível vermos em nossos testes , a tela de menor resolução realmente acaba fazendo diferença, pois na primeira etapa o Redmi 3S já demonstrou que não estava para brincadeira, precisando de apenas 1 minuto e 31 segundos para abrir todos os apps e retornar ao cronômetro, o que foi um tempo bem menor do que o exigido por rivais diretos.

A situação ficou ainda melhor na segunda etapa, já que por contar com 3 GB de RAM ele foi capaz de manter tudo rodando em segundo plano sem problemas, precisando de apenas outros 25 segundos para finalizar a segunda volta. Com isso, tivemos um tempo total de 1 minuto e 56 segundos, o que é algo bastante interessante para um modelo vendido em canais de importação por um valor quase simbólico.

Em testes de benchmark, tivemos:

Passando para os jogos, usamos como sempre o GameBench para medir a taxa de quadros por segundo. No Asphalt 8, foi marcada a média de 29 fps, demonstrando que você não terá qualquer problema para se divertir com um nível de fluidez mais do que satisfatório.

A situação é a mesma no Modern Combat 5, onde apesar de termos algumas quedas de frames em cenas mais dinâmicas foi marcada a mesma média de 29 fps, com ambos os jogos sendo executados em sua qualidade máxima. Por fim, no Subway Surfers, tivemos 59 fps em média, o que garante que títulos mais básicos em geral como Candy Crush e Clash Royale rodam sem qualquer tipo de problema.

Com tudo isso, dá pra ver que o Redmi 3S é um ótimo aparelho tanto para tarefas diárias, permitindo multitasking mais agressivo e uma alternância entre aplicativos sem atrasos, quanto para quem demanda algo um pouco mais complexo, sendo capaz de executar até mesmo jogos mais trabalhados com uma fluidez bastante aceitável.

O Redmi 3S vem de fábrica com a MIUI 7 baseada no Android Lollipop, porém assim que o aparelho é ligado você recebe aviso de update para a MIUI 8 que usa como base o Android 6.0.1 Marshmallow. Curiosamente, o aparelho de entrada possui uma versão mais atual do sistema do que o Redmi Note 4 que está em testes aqui no TudoCelular, contando com a numeração 8.5.3.0 na data em que esse vídeo foi gravado, o que demonstra que investir em versões com chip da Qualcomm pode ser a melhor opção.

Sobre a interface da companhia chinesa, temos algo bem similar ao iOS da Apple, não havendo divisões entre tela inicial e gaveta de apps, além de vários aplicativos nativos serem bastante parecidos, bem como o próprio menu de configurações. Isto, entretanto, não desmerece de forma alguma a MIUI 8, que ainda é uma das versões customizadas do robozinho verde com maior fluidez, mesmo possuindo várias funções nativas bacanas que não são encontradas na versão pura da plataforma.

Eis que chegamos a um ponto onde o Redmi 3S surpreendeu: as câmeras. Ele possui um sensor principal de 13 megapixels com abertura f/2.0, enquanto sua câmera frontal tem 5 megapixels e abertura f/2.2. O software de câmera é bastante básico e direto, contando apenas com alguns filtros e um modo de embelezamento que usa um algoritmo de reconhecimento de rostos para identificar seu gênero e idade, e assim otimizar características de acordo com isso.

Modelos chineses geralmente possuem a fama de possuir câmeras bem ruins, isso sendo bonzinho até, então foi uma verdadeira surpresa quando o Redmi 3S ocupou a segunda colocação de nosso comparativo às cegas realizado com leitores do TudoCelular, superando o Xperia L1 da Sony e o A5 LED da Alcatel.

Isto quer dizer que você pode sair por aí tirando fotos em qualquer condição de luz que as imagens vão sair perfeitas? Obviamente que não, porém para a faixa de preço cobrada por ele temos algo bem bacana e que se sai bem para o que se propõe. Por sinal, temos dois pontos que precisam ser destacados, que são a tendência para gerar imagens com tons mais quentes e a fraca câmera frontal, que não possui sequer um software que auxilie em selfies noturnas.

Em vídeos, temos estabilização apenas digital, com a câmera posterior gravando em até Full HD a 30 fps e a frontal em até HD a 30 fps.

Falando então sobre a bateria do Redmi 3S, temos 4.100 mAh para lidar com um hardware relativamente básico, o que inspirou uma grande expectativa. O carregador entregue pela Xiaomi consegue recarregar cerca de 51% após uma hora conectado à tomada, levando 2 horas e 45 minutos para preencher totalmente a bateria, o que é um tempo até razoável, mas atrás do que conseguimos com modelos como o LG X Power, por exemplo.

Em consumo, tivemos 12 horas e 29 minutos de reprodução de vídeos, 5 horas e 25 minutos de gravação de vídeos, 6 horas e 22 minutos de chamadas de vídeo pelo Skype, usando rede Wi-Fi, e 13 horas e 49 minutos de chamadas de voz pelas redes móveis. No teste prático de uso do TudoCelular, conseguimos usar o aparelho por nada menos que 21 horas e 36 minutos, com 10 horas e 34 minutos de tela ativa no período e 13 ciclos executados.

Confira um resumo dos resultados obtidos:

Com tudo isso, é inegável que mesmo aqueles com um padrão de uso mais intenso conseguirão chegar ao final da noite com alguma carga restante sem problemas

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