X i a o m i R e d m i 5 A

O Redmi 5A é a nova aposta da Xiaomi para o segmento de entrada. O aparelho traz o básico para entregar uma boa experiência com preço baixo. Esta combinação fez o 5A ser o smartphone Android mais vendido em março de 2018 . Aqui no Brasil é possível encontrá-lo por R$ 500. Será que por esse preço ele é capaz de oferecer uma boa experiência?

O novo modelo de entrada da Xiaomi é praticamente idêntico ao seu antecessor . Não estamos falando apenas do design, mas suas especificações são quase as mesmas. Talvez as poucas mudanças entre as gerações sejam justificadas pelo preço baixo. Afinal, o Redmi 5A pode ser encontrado por valor menor que o seu antecessor.

Nessa faixa de preço temos várias opções no mercado nacional, mas com mesmo hardware é difícil citar algumas. A Samsung tem o Galaxy J2 Prime na faixa dos R$ 500, enquanto da Motorola podemos encontrar o Moto E4 , que até já conta com sucessor, mas fica em uma categoria superior em preço.

Os smartphones da Xiaomi lançados em 2016 e primeira metade de 2017 vinham em caixa branca com o nome do aparelho estampado na mesma cor (com efeito brilhante) de forma bastante discreta. A partir do final do ano passado, a gigante chinesa começou a apostar em embalagens mais coloridas. No caso do Redmi 5A, temos uma caixa na cor laranja.

Na traseira encontramos algumas especificações, que incluem: tela HD de 5 polegadas, câmera traseira de 13 megapixels, suporte para cartão microSD de até 128 GB e chipset Snapdragon 425. Mais abaixo temos as informações sobre quantidade de memória (2 e 16 GB o modelo recebido) e a cor (Dark Grey).

Assim como seu antecessor, o Redmi 5A vem com o básico em acessórios:

O Redmi 5A é quase idêntico ao seu antecessor. Ele traz corpo em plástico com pintura metalizada, que, infelizmente, risca com muita facilidade. As medidas também são quase as mesmas, mas devido às bordas mais arredondadas do novo modelo, temos alguns milímetros a menos: 140,4 mm de altura, 70,1 mm de largura e 8,4 mm de espessura. Curiosamente, o Redmi 5A é ligeiramente mais pesado que a versão anterior.

O modelo recebido é na cor cinza, mas há opções em rosa, dourado e azul. A qualidade de construção é bastante sólida e agrada pelo valor cobrado. A bateria não é removível, desta forma não há como acessar a parte interna do aparelho – o que ajuda a entregar uma construção mais consistente neste segmento.

Assim como o modelo anterior, temos três botões capacitivos abaixo da tela, que, infelizmente, continuam sem retro iluminação. Usar o aparelho no escuro pode ser um pouco inconveniente, especialmente no início. A ergonomia, no entanto, é muito boa. Por ser um aparelho pequeno, o Redmi 5A é bastante confortável de ser usado com apenas uma mão.

Na parte superior temos a câmera frontal de 5 megapixels, o alto-falante de chamadas e os sensores de proximidade e luz. O sensor de infravermelho continua presente no topo, permitindo que o Redmi 5A controle equipamentos eletrônicos, como TVs. Você pode usar o Mi Remote ou algum outro app compatível com IRDA.

Na lateral direita encontramos os botões para ligar/desligar e controle de volume. No lado esquerdo temos duas gavetas: uma para cartão SIM e outra para um segundo SIM e microSD. Diferente do modelo anterior que vinha com solução híbrida, o que obrigava o usuário escolher entre ter duas linhas de telefone ou expandir a memória interna.

Na parte superior temos a entrada P2 para fones de ouvido e um microfone, enquanto na parte inferior encontramos a entrada micro USB e um segundo microfone. O alto-falante do aparelho encontra-se na traseira, como na geração passada, mas agora fica mais próximo da borda. A câmera principal é acompanhada de um flash de LED simples.

Aqui temos a mesma tela IPS LCD da geração passada. O brilho não é muito alto, ficando abaixo dos 500 lux (medição feita com luxímetro). Isso quer dizer que usar o Redmi 5A fora de casa pode não ser uma tarefa agradável, especialmente sob forte luz do sol.

A reprodução de cores é boa, assim como o ângulo de visão. Pelo menos neste componente a Xiaomi não economizou. O alto-falante na traseira entrega um som decente, com bom volume. As primeiras impressões são boas, sobre o que o Redmi 5A tem a oferecer em uma experiência multimídia – o que deve agradar a maioria dos interessados no aparelho.

Como dito inicialmente, o aparelho não acompanha fone de ouvido. Pelo menos há uma entrada tradicional P2, assim você pode usar qualquer fone que possua com o Redmi 5A.

A experiência multimídia que você terá com o Redmi 5A será apenas OK. A tela não é muito grande, o brilho não é alto e o som também não empolga. De qualquer forma, pelo preço que Xiaomi pede nele é completamente aceitável o que o aparelho entrega.

Em termos de hardware pouca coisa mudou nesta geração. O Redmi 5A manteve o mesmo Snapdragon 425 de antes, assim como a mesma combinação de memória. Em benchmarks tivemos resultados similares, o que já era esperado. No entanto, em nosso teste de velocidade, o novo smartphone básico da Xiaomi levou mais tempo para abrir os aplicativos.

A pior parte é que ele não conseguiu segurar os apps abertos nos seus 2 GB de RAM, enquanto o Redmi 4A apresentou melhor gerenciamento de memória. Vamos torcer para que a Xiaomi corrija isso em uma futura atualização de software, mas, por enquanto, a experiência entregue é inferior ao modelo antigo.

Outro ponto que decepcionou no Redmi 5A foi a redução de sua bateria de 3.120 mAh para 3.000 mAh. A empresa também reduziu a potência do carregador pela metade. Isso deve fazer com que o Redmi 5A passe mais tempo na tomada e entregue uma autonomia inferior.

Realizamos um teste de velocidade para ver quanto tempo o Redmi 5A leva para abrir os apps e se ele segura tudo na RAM. Na lista selecionada temos os apps de Câmera, Galeria e Configurações enquanto outros foram baixados, como Facebook, WhatsApp, Chrome, Netflix, Spotify, Photoshop Mix, Pokémon Go e Asphalt 8.

A abertura foi realizada exatamente nesta ordem, contando o tempo a partir do momento em que o cronômetro foi iniciado e sendo feita uma marcação ao final do primeiro ciclo para vermos se a segunda etapa seria executada mais rapidamente, pois todos os apps e jogos teoricamente já estariam armazenados na RAM.

Na primeira rodada, o Redmi 5A levou 1m42s para abrir todos os aplicativos. Enquanto na segunda volta ele precisou de 1m38s. Infelizmente, o novo smartphone básico da Xiaomi não conseguiu segurar os aplicativos abertos nos seus 2 GB de RAM – diferente do Redmi 4A, que apresentou um bom gerenciamento de memória e precisou de apenas 30 segundos para reabrir os apps.

Smartphones de entrada normalmente não chegam a empolgar em jogos, e com o Redmi 5A não seria diferente. Em títulos mais leves como Clash Royale e Subway Surfers tivemos uma média de 60 fps, em medição feita com a ferramenta Gamebench. Já em títulos mais pesados o smartphone da Xiaomi sofre para segurar uma boa taxa de quadros por segundo.

Asphalt 8, Modern Combat 5 e Injustice 2 ficam abaixo dos 30 fps, o que resulta em um pouco de lag durante a jogatina, mas nada muito preocupante. Vainglory obteve uma média de 31 fps, mas em combates com muitos jogadores ao mesmo tempo, a média pode cair um pouco.

FPS CPU GPU RAM
Asphalt 8 28 23% 84% 505 MB
Modern Combat 5 25 - 74% 478 MB
Injustice 2 22 - - -
Vainglory 31 - - -
Clash Royale 59 32% 77% 255 MB
Subway Surfers 60 24% 90% 319 MB
PUBG Mobile 26 44% 81% 548 MB

Também testamos o PUBG Mobile, um dos jogos mais populares do momento. Aqui mesmo com a configuração gráfica no mínimo, o Redmi 5A não conseguiu entregar pelo menos 30 fps. Mas nesta faixa de preço é realmente difícil encontrar um smartphone que vá muito além disso.

O Redmi 5A manteve o mesmo conjunto de câmeras do seu antecessor. A única mudança é que a câmera frontal agora tem abertura um pouco maior, sendo f/2.0. Na teoria isso ajudaria a deixar mais luz entrar no sensor, o que resulta em selfies mais claras. Porém, em nosso teste inicial vimos que a qualidade continua tão precária quanto antes.

Outro ponto que o Redmi 4A deixa a desejar e que continua abaixo do esperado no 5A é a qualidade de captura de áudio. Mesmo sendo áudio em estéreo, há um nível alto de ruído, além de som metálico no fundo – típico dos smartphones mais baratos da Xiaomi.

Ambas as câmeras do aparelho gravam na resolução Full HD a 30 quadros por segundo. Não há estabilização, o que resulta em vídeos tremidos. A qualidade em si é decente, mas é visível a alta quantidade de artefatos e falta de detalhes. Este problema fica ainda mais evidente ao gravar à noite.

O Redmi 5A entrega uma qualidade esperada para um smartphone chinês na sua faixa de preço. Aqui você conseguirá até registrar imagens decentes, mas não espere muito do aparelho.

A Xiaomi não apenas reduziu a bateria do Redmi 5A comparado ao seu antecessor, mas também incluir um com carregador mais fraco, entregando apenas 5W de saída, enquanto o que vinha junto com o 4A oferecia 10W. Resultado disso? O smartphone passa mais tempo na tomada. Para ter a bateria do Redmi 5A completamente cheia é preciso esperar 2 horas e 55 minutos.

Com 30 minutos na tomada, o Redmi 5A recuperou 22% de sua capacidade energética. Com 60 minutos carregando, a bateria chegou a 43%. Dar uma carga rápida pode não ser suficiente para render várias horas de uso. É certo que nenhum smartphone básico oferece carregamento acelerado, mas não há explicação para o carregador mais fraco nesta geração.

Em nossos testes iniciais vimos que o Redmi 5A apresentou autonomia inferior ao seu antecessor, o que já era esperado. Em reprodução de vídeos tivemos 10h57, e 5h01 para gravação em Full HD com a câmera traseira. Para chamadas, a bateria rendeu 16h27 de ligações, enquanto em vídeochamadas tivemos 3h26.

Para quem busca um celular baratinho para jogar, o Redmi 5A não chega a decepcionar. Fizemos uma média com vários jogos e foi possível jogar no aparelho por 5h. O resultado mais baixo que tivemos foi com o PUBG Mobile, que rendeu apenas 3h25 – mas este jogo é um grande devorador de bateria.

A segunda parte do nosso teste consiste em simular um uso mais real, usando o aparelho o dia inteiro com vários apps e jogos. Em nossos testes seguimos a metodologia abaixo, usando o smartphone com as configurações padrão de fábrica e com o brilho de tela regulado em 200 lux (usando um luxímetro). Tivemos os seguintes resultados:

No momento em que esta análise foi escrita, a atualização mais recente para o Redmi 5A oferecia a MIUI 9.5.10 com Android 7.1.2 e pacote de segurança de maio de 2018. Xiaomi não se esforça para manter os seus smartphones atualizados, especialmente com os modelos da linha Redmi.

Mesmo mantendo o mesmo hardware do seu antecessor, vimos um retrocesso em desempenho. A empresa não otimizou corretamente o software do aparelho, tornando o gerenciamento de memória bastante agressivo. Ele fecha os apps o tempo inteiro, o que compromete a experiência.

O Redmi 4A entregava uma experiência muito boa, mas no 5A temos um desempenho apenas decente. De qualquer forma, não deixa a desejar para os rivais que também sofrem para entregar uma boa experiência de uso.

O Redmi 5A é o modelo mais básico da Xiaomi lançado em 2017. Ele traz boas especificações, mas gerenciamento agressivo de memória compromete a experiência de uso ao ter os apps encerrados o tempo inteiro.

A tela tem boa reprodução de cores, mas brilho não é alto. O alto-falante na traseira tem volume decente, mas a falta de fone de ouvido na embalagem pode ser um ponto negativo para alguns. É certo que é raro ver um smartphone chinês com fone de ouvido, mas, pelo menos, ainda temos entrada padrão P2 aqui.

A câmera é igual a da geração anterior e entrega resultados decentes quando há boa iluminação. Selfies em locais mal iluminados será um grande desafio com imagens cheias de ruídos. A filmadora grava em Full HD e entrega resultado satisfatório, porém espere por vídeos tremidos.

A bateria é capaz de render um dia inteiro de uso leve. Para quem joga ou assiste muitos vídeos terá que levar o carregador na mochila ou na bolsa.

O Redmi 5A é uma boa opção de Android de entrada, mas não trouxe um avanço considerável comparado ao antecessor. Desta forma, compre o que estiver mais barato.

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